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sábado, 26 de novembro de 2011

Eu sou um qualquer

Eu sou um qualquer
Eu sou um qualquer
Eu sou um qualquer descontrolado
Escrevo no guardanapo
Minhas frustrações

Eu sou um qualquer
Eu sou um qualquer sem teto
Sem espaço, sem nexo
Sem tato, sem amor
Sem vida, sem momento, sem exemplo
Eu sou um desgraçado

Eu sou um qualquer filho da puta
Que a vida muda na decepção
Eu sou um qualquer estranho
Que vive, quer morre
Que chora, que sofre em pranto

Eu sou um qualquer
Que escreve no verso
Eu sou um qualquer
Com um futuro incerto

Eu sou qualquer um
Eu sou algo, sou algum
A espera de ser.
A espera de um milagre pra viver
Eu sou um qualquer,
Que luta todos os dias pra ficar de pé!

2 comentários:

  1. Olá, amigo André...

    Lindo poema, que demonstra a sua maturidade em observar nosso mundo globalizado, no qual ninguém tem chance de ser visto, aplaudido, valorizado como ser humano. Somos todos desgraçados...

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