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sexta-feira, 9 de março de 2012

Um deslizamento!

Um deslizamento!
Foi o ápice do desabamento
Meus olhos "chovia"
Só via nuvens

Aqui dentro um congestionamento
Um descontente descontentamento
Um amor jogado ao vento
Por um único deslize

Cai! cai montes sobre mim
E afaga essa tristeza
Que parece não ter fim
Toda via estou na beira de toda via
Peguei carona de qualquer carreta por ai,
E parti! Pois partiu meu coração
E se desculpa, dizendo não ter intenção

Foi embora, e roubou meu chão
Onde piso é só silêncio
E ninguém percebe minha comoção
Agora bebo do liquido mais forte
Não supero a depressão!
E preparo meu encontro com a morte

Bebo! Pra ter certeza
De que vou esquecer
Mesmo que por alguns instantes
Então! Brinco de importante
E sorri, com o mesmo semblante

Muito obrigado condutor
A carreta aqui parou, bruscamente
Ela capotou,
Onde não se brota mais nenhuma semente

Some, some sério,
Some no cemitério do esquecimento
Some sério no âmbito do esquecimento
Sem alento, sem exemplo,
Sou mais um sozinho
Sou mais um sozinho, sou mais um sozinho
Inconformado e sozinho.

Um comentário:

  1. Nossa! Lindo poema Dedeco ...

    O poeta é um fingidor.
    Finge tão completamente
    Que chega a fingir que é dor
    A dor que deveras sente.
    (Fernando Pessoa)

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