Um deslizamento!
Foi o ápice do desabamento
Meus olhos "chovia"
Só via nuvens
Aqui dentro um congestionamento
Um descontente descontentamento
Um amor jogado ao vento
Por um único deslize
Cai! cai montes sobre mim
E afaga essa tristeza
Que parece não ter fim
Toda via estou na beira de toda via
Peguei carona de qualquer carreta por ai,
E parti! Pois partiu meu coração
E se desculpa, dizendo não ter intenção
Foi embora, e roubou meu chão
Onde piso é só silêncio
E ninguém percebe minha comoção
Agora bebo do liquido mais forte
Não supero a depressão!
E preparo meu encontro com a morte
Bebo! Pra ter certeza
De que vou esquecer
Mesmo que por alguns instantes
Então! Brinco de importante
E sorri, com o mesmo semblante
Muito obrigado condutor
A carreta aqui parou, bruscamente
Ela capotou,
Onde não se brota mais nenhuma semente
Some, some sério,
Some no cemitério do esquecimento
Some sério no âmbito do esquecimento
Sem alento, sem exemplo,
Sou mais um sozinho
Sou mais um sozinho, sou mais um sozinho
Inconformado e sozinho.
Nossa! Lindo poema Dedeco ...
ResponderExcluirO poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
(Fernando Pessoa)