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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Recusa

O suor espalha-se pelo corpo,
Como um rio atravessa o outro.
Pernas em movimentos próprios,
Guiam os sentidos
Que caminham diretamente aos seus olhos
E você, diz não!

Recusa os carinhos,
E tranca-o em uma prisão,
Ilhas sem grades,
Desdenha de um coração
E o retalha parte a parte,

Todos tem a mesma opinião
E o julga pelos mesmos erros,
Preceitos e receios sem concertos
Que seu lado claro,
Expõe sem ter medo
Ao falar o que pensa,

Mesmo assim não cura a depressão,
Que perpetua ávida e sem fim
Alheia a vontade de não querer existir
E lá se vão todos os amigos
Ninguém deseja carregar esse fardo consigo.
E então, solitário caminha!

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