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domingo, 28 de dezembro de 2014

Desabafos do divã

Falta um cigarro
Falta um copo de bebida
Falta uma vida
Falta gardenal
Falta ser normal
Falta querer ser o que não sou
E os homens de branco
Me põem no divã
Para ficar de bla bla bla
E colocar a culpa do meu sofrimento
Em uma maldita maça
Que Eva deu pra Adão
E que culpa tem o meu coração?
Eu sou um trovador de meias palavras
E pessoas idiotas não conseguem entender.
Eu sou assim e este é meu jeito
Eu não preciso de ninguém
Pra me diagnosticar
Eu não quero diagnóstico
Eu não quero remédio forte
Eu quero ficar sozinho
Eu um lugar impróprio
Onde tenha sobremesa
Onde tenha bebedeira
Onde possa me libertar
Dessa minha bipolaridade
Que me deixa sem saber
Quem eu sou de verdade
Se sou cidadão moderno
Ou um homem de sociedade
Que me deixa sem saber
Se sou louco ou normal
Que me deixa sem saber
O que é ser diferente ou igual
Ou então o que acontece
Se o freezer congelar
E se tudo for por água abaixo
O nosso barco naufragar
Qual será o próximo passo
Minha querida eu tenho medo
E o que acontece
Se eu começo a chorar
Eu chorarei de desespero
Se algo me dominar
Eu posso até te gritar
Mas eu vou me arrepender
Por que eu sei quando sou eu
E eu sei quando não é...
Eu só preciso ser feliz
Eu só preciso relaxar
E quando perder este controle
Quem será que virá me guiar
Quem irá me controlar
Quem irá me curar
Desse meu desespero
Desse meu devaneio
Desse meu medo de ficar sozinho
E voltar a morar
Em um quarto com odor de cigarro
Escuro e vazio.
Onde eu viva trancado,
Só eu e eu e minha poesia
Até chegar a morte
Sublime e fria....

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