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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Alimento

Mil pensamentos torpes
Vodca alimenta meu vaso de flores
Como um bêbado alimenta suas noites
Frias e sem sossego

E todos comentam
O pavor, a dor e o medo
Como se estivessem lá!
Como pode do mar desaguar
Se não temes a própria dor

Então o egoísmo alimenta alma,
Impiedosa e solitária,
Hipócrita e falsa
Como nota de mil reais

Alimenta-se as flores
Alimenta-se as noites
Alimenta-se a alma
Alimenta-se de ti mesmo
Alimento podre!
Animal frágil da cadeia alimentar!

domingo, 30 de dezembro de 2012

A vida celebra

Rolam cabeças e pedras
A ladeira se curva
A estrada já não é curta
A vida sempre celebra
A cor que coloria,
E que já não é vista!
O que era pangeia?
Agora é uma ilha
Em linha reta!
A vida sempre celebra!
E o que completa
Se dissipa, já era!
E o discurso discorre
Sobre a água que corre
Dos seus belos olhos,
Enigmáticos,
E cheio de mistérios
É sóbrio, é ébrio
É triste, é sério...
Somos povos, somos libertos!
Ou não?
Há uma grade
E ela aprisiona um coração!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Deserdado


Me dê mais uma falsa prova
Diga-me palavras bonitas
Do seu livro de prosas
Infinita e de diversos autores

Faça que do meu coração
Brote as mais belas flores
Aqueça-me no seu inferno
De vastas dores

É apenas o que desejo
No meu ultimo anseio
Busco a salvação em seus seios
Algo não garantido,
Mesmo que perpetue em vida de joelhos

Porém ainda habito e existo
Como um grão de areia
Que percorre nas veias
Do grande universo
Na busca incessante
Pelo que há de mais belo
De onde profana palavras
Mesmo que na hora da morte
Suas lagrimas sejam forçadas !

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Dia um D.F. Dia um depois do fim

O anuncio está próximo
Ao soar da ultima trombeta
caem trovões e trovoadas
É o fim de uma jornada

De longe avisto um reluzente cometa
Em direção ao nosso planeta
O criador destrói a criação
E arrepende-se da sua mais magnifica invenção

Caos, bombas e fogos
Por todos os povos.
Que estasiados, não param de olhar,
Então os raios de sol queimam os olhos
E as estrelas caem do céu
Como chuva de verão

Todos bestificados
Observam calado ao fim
Sem perspectivas para o futuro
Sem saber como é a vida
Do outro lado do muro.

É  o fim do mundo
É o fim da jornada humana
É o fim do mundo
No show da morte ela é estrela
Canta, toca e dança,
Cheia de formosura e beleza.
É o fim, dia um depois do fim!