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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Alimento

Mil pensamentos torpes
Vodca alimenta meu vaso de flores
Como um bêbado alimenta suas noites
Frias e sem sossego

E todos comentam
O pavor, a dor e o medo
Como se estivessem lá!
Como pode do mar desaguar
Se não temes a própria dor

Então o egoísmo alimenta alma,
Impiedosa e solitária,
Hipócrita e falsa
Como nota de mil reais

Alimenta-se as flores
Alimenta-se as noites
Alimenta-se a alma
Alimenta-se de ti mesmo
Alimento podre!
Animal frágil da cadeia alimentar!

domingo, 30 de dezembro de 2012

A vida celebra

Rolam cabeças e pedras
A ladeira se curva
A estrada já não é curta
A vida sempre celebra
A cor que coloria,
E que já não é vista!
O que era pangeia?
Agora é uma ilha
Em linha reta!
A vida sempre celebra!
E o que completa
Se dissipa, já era!
E o discurso discorre
Sobre a água que corre
Dos seus belos olhos,
Enigmáticos,
E cheio de mistérios
É sóbrio, é ébrio
É triste, é sério...
Somos povos, somos libertos!
Ou não?
Há uma grade
E ela aprisiona um coração!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Deserdado


Me dê mais uma falsa prova
Diga-me palavras bonitas
Do seu livro de prosas
Infinita e de diversos autores

Faça que do meu coração
Brote as mais belas flores
Aqueça-me no seu inferno
De vastas dores

É apenas o que desejo
No meu ultimo anseio
Busco a salvação em seus seios
Algo não garantido,
Mesmo que perpetue em vida de joelhos

Porém ainda habito e existo
Como um grão de areia
Que percorre nas veias
Do grande universo
Na busca incessante
Pelo que há de mais belo
De onde profana palavras
Mesmo que na hora da morte
Suas lagrimas sejam forçadas !

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Dia um D.F. Dia um depois do fim

O anuncio está próximo
Ao soar da ultima trombeta
caem trovões e trovoadas
É o fim de uma jornada

De longe avisto um reluzente cometa
Em direção ao nosso planeta
O criador destrói a criação
E arrepende-se da sua mais magnifica invenção

Caos, bombas e fogos
Por todos os povos.
Que estasiados, não param de olhar,
Então os raios de sol queimam os olhos
E as estrelas caem do céu
Como chuva de verão

Todos bestificados
Observam calado ao fim
Sem perspectivas para o futuro
Sem saber como é a vida
Do outro lado do muro.

É  o fim do mundo
É o fim da jornada humana
É o fim do mundo
No show da morte ela é estrela
Canta, toca e dança,
Cheia de formosura e beleza.
É o fim, dia um depois do fim!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Recusa

O suor espalha-se pelo corpo,
Como um rio atravessa o outro.
Pernas em movimentos próprios,
Guiam os sentidos
Que caminham diretamente aos seus olhos
E você, diz não!

Recusa os carinhos,
E tranca-o em uma prisão,
Ilhas sem grades,
Desdenha de um coração
E o retalha parte a parte,

Todos tem a mesma opinião
E o julga pelos mesmos erros,
Preceitos e receios sem concertos
Que seu lado claro,
Expõe sem ter medo
Ao falar o que pensa,

Mesmo assim não cura a depressão,
Que perpetua ávida e sem fim
Alheia a vontade de não querer existir
E lá se vão todos os amigos
Ninguém deseja carregar esse fardo consigo.
E então, solitário caminha!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Juízo Final

Então, o que acontecerá?
Quando o mundo acabar,
E quando tudo desabar?
O que estará imerso dentre os escombros?

Bêbados incompreensíveis,
Levam leves tombos e topadas!
E as aceita de forma calada,
Pois já não há palavras
Que descreva sua desgraça!

Talvez encontre anjos invisíveis...
Tentando curá-lo
De todas as marcas
Das vidas passadas,
Não perdoadas
Pelo então Deus carrasco!

O que realmente estaria imerso
Dentre os escombros do universo
O que estaria escondido no ambíguo eterno?
Do outro lado,
Ouves calado
Todas as promessas fajutas
Das antigas escrituras.
Arrepende-se de tudo que não fez.
E deseja voltar atrás...
Tarde demais,
Ninguém o ouve mais
Nem o tal cristo,
Que pelas mãos do homem, falecido,
Puderá ajudar-te

Obrigado a assumir os erros
E omitir os acertos
Migrou para outro planeta
Tão vermelho quanto marte
E tão ardente quanto um cometa.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Mascaras

As mascaras caem
Ao termino do teatro,
Ao fechar das cortinas
Ao descobrir a verdade dos fatos
As mascaras caem,
E expõe os desgraçados
Pobres,
Não ostentam nenhum centavo
Pra comprar um cigarro
Ou tomar um porre
Pobres,
Não têm coragem de atentar
Contra a sua própria morte.
As mascaras caem
E descobrimos quem é quem
Sem precisar dizer uma palavra,
Não se sabe se é por falta de coragem
Ou se há vocábulos que não se possa pronunciar,
Mas do que adianta falar
Se o que escorre dos meus olhos
São lagrimas,
Puras lágrimas...

Que outrora não pude derramar.

sábado, 20 de outubro de 2012

Torturas


Torturado em praça publica
Implorando migalhas de suplicas
Dos subalternos incrédulos
Que caminham cegos
Sem rumo ou direção

Um breve suspiro
Olhares ao chão
Um apelo de perdão
Pelas pessoas que morreram em vão

Seus olhos derramados em lágrimas
São reflexos dos atos de glória
Esquecidos nas lembranças curtas
De uma vida de vitórias imundas

A cada rangido da corda
As bordas do ponteiro
Ultrapassam as circunferências das horas
Em um lapso de memória
Dão-se as costas e vão embora

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Gritos

Permanentemente ecoarão gritos
Na superfície sensível dos meus ouvidos
Internamente minha alma suplica em gemidos!
- Afaste-se, ou terás o que merece!
Do que adianta sermos homens
Se somos vermes...
E por mais que grite
Meus sentidos surdos
Só ouvirão sussurros,
Brandos, quase nulos...
Sigo ludibriado pelo medo
Que me faz calar
Ao disparar dos tiros!
Éramos amigos,
E nos tornamos estranhos
Éramos guerrilheiros do mesmo bando
Tínhamos a proteção dos santos
Atualmente habito em trevas
Sem a companhia dos anjos.

sábado, 6 de outubro de 2012

Morte lenta

Quero ter uma morte lenta
Tranquila e amena
Sem pessoas ao redor do meu caixão
]só assim caminharei em paz
No  abismo vazio da solidão

É impossível viver sem amor,
Então o substituo,
Padecendo em dor
Até o fim da existência humana

Não desejo inferno ou céu
Não quero ser condenado ou réu
Só desejo enfrentar meu caminho
Sem cruzes ou espinhos...

domingo, 16 de setembro de 2012

Queda do Muro

Os muros vão abaixo
O caos é sacro,
É eterno é falho,
O mundo pode até desabar
Mas que tenha algo macio
Para me debruçar...

E não importa se tudo for pedregulho
Ou se o nada é vazio
Eu só quero derramar uma lagrima de forma sutil
Para que ninguém perceba
A dor que eu sinto e a falta de certeza
Enquanto o muro estiver caindo,

Mas é claro que o muro está caindo,
Lentamente... através das rachaduras
Amor, algo mortal
Nem o tempo cura
Mesmo que seja visível e real...

O inferno deve ser tão calmo,
Dizem por ai que é agitado,
Mas eu não aceito a ideia
De sofrer tanto na vida
Quanto na morte
Mas estou condenado pelas escrituras secretas
E por tudo que diz respeito a ela...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Cartas para ela !!!



Querida,




Se eu pudesse voltar no tempo.
Se fosse uma máquina ao menos.
Não sentia dores nos equipamentos.
Se houvessem falhas.
Se houvessem marcas.
Alguém iria reparar o dano.
Se ao menos houvesse um outro ser humano
Para me consertar...
Iria ter vida útil. sem eternizar.
Não iria o inferno visitar.
Pelos meus erros cometidos
Só vou para o inferno
Se você for comigo
Eterno e belo
Fazer amor diante do maligno....
Sem precisar conhecer o paraíso.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cartas para ela II

Perdoe-me se não soube fazê-la feliz
As coisas não aconteceram como quis
Só precisava de um tempo com os amigos
Me sentia aprisionado e aflito

Juro que não fiz nada de errado,
Mas o que aconteceu ficou no passado.
Sei que não guardas nenhum rancor,
Porém meu coração continua amargurado
E meu corpo sente toda dor
Ao perceber que nunca tranzou por amor

Senti muito a sua ausência
Como queria sentir com inteligência,
Contudo minha falta de paciência e experiência
Levou ao fim o que seria para sempre

Agora olhe!
E somente olhe no fundo dos meus olhos lacrimejados
E veja se ele mente!
Para você, o que não passou de uma brincadeira inconsequente
Para mim foi dolorido
Deixo  a ti uma carta de suicidio
Não para te culpar,
Mas para te alertar
Foi muito bom te amar

No paraiso, talvez deva te encontrar
Se não for pagar pelos seus pecados
No dia do juizo !!!
Vamos para o inferno comigo!


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Cartas para ela I



O que não significou nada pra você 
Eu não consigo esquecer... 
Se soubesse o quanto a amo
Nunca a esqueci por todos esses anos... 
Sinto sua falta
Como um corpo anceia por água
No frio triste da madrugada
A noite amarga me mata, 
Me alegra, me acalma e me destrói
Como dói sua ausência
Só queria que tivesse ciência
Uma pena nunca mais te ver
Sei que está viva, 
Mas dentro de mim tu morre
Não sei se é azar
Ou por pura falta de sorte.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Odiar Reverso de amar

Odiar é o reverso de amar
Manual no inverso te ensina a perdoar
Na sina uma cena descrita no verso do papel
E na vida uma pergunta que não cala
Será que só há felicidade no céu

Odiar, maleficio da alma
Gosto amargo que gosto de experimentar
Amor, sentimento benéfico
Quem ama será sempre eterno
E uma pergunta não cala
Será que só há coisas más no inferno

Sempre com mesma afeição
Tento ter outra percepção
O que não faz bem para minh´alma
Alimenta meu coração.

Mas não! Não deixemos de sonhar
Não devemos deixar de odiar ou amar
O que nos convém,
Pois quem odeia
É capaz de amar também.

Procissão

A procissão caminha em vão
Sempre na mesma direção
Todos unidos pelo mesmo motivo
Chorar, rezar e pedir perdão
Perdão pelo que fez
Ou deixou de fazer
Perdão por todas as palavras
Que havera de dizer
Vamos pedir piedade
Seres humanos acreditam!
Contos de fadas são realidade!
E a realidade não serve de nada
E seguem com a visão vendada
Se realmente faz o impossivel
Dai-me asas para voar
Ou torne-me ao menos invisivel
Pelo menos essa noite
Eu ei de indagar
Ao menos essa noite
Eu ei de acreditar
Que alguma coisa existe
E persiste em me acompanhar

Semblantes

Aos poucos altera-se meu semblante
Todos envolta percebem
Que já não sou mais como antes
Meu jeito doce vai perdendo espaço
Todos bestificados ao ver meu estado torpe
Coitado, é o fim do desgraçado
Coitado, é o fim do desgraçado
Que mal eu fiz, me diz
Que mal eu fiz pra me tornar assim
Por que será que ninguém ora
Por que será que ninguém ora por mim
Sei que depois ela chora
Mas por enquanto rir do meu estágio
Completamento estasiado pelas drogas
Como é bom gritar ao sentir dor
Alivia toda essa falta de amor
Recebida pelos mais próximos
Sou tratado como quero
Sou tratado como posso
Mal visto e mal quisto por todos os olhos
Mal visto e mal quisto por todos os olhos

Todos olham estranho

Os morotós roem meu epitélio
Os homens se fingem cegos
As crianças sentem repugnância
As mulheres sentem ância
E todos olham estranho
O que não é bonito é esquisito
Um louco não é tolo
Um bêbado também é ser humano
Mesmo que despezado
Ou jogado ao lixo
E todos olham estranho
Um "serhumanopedra" vive sem vida,
Mas que loucura é essa?
Ser humanos, ou ser comida
Ser regugitada ou cuspida
E todos olham estranho
Uma menina implora na esquina
Por alguns centavos
Todos observam sentados
Ao luxo de um banco de praça
E todos olham estranho
Uma nordestina heroina
Sobrevive da quase pouca safra
Em um sertão de riquesas quase escassas
Até onde vai a cegueira do homem
Quantos meninos e meninas
Perambulam sem nome
E todos olham estranho
Quantos monstros ainda iremos fabricar
Quantos absurdos irão noticiar
Quantos com a vida terão que pagar
E todos olham estranho
Disfarçam e batem retirada
Se trancam em seus "mausoléus"
Como se não estivesse acontecido nada
E todos incrivelmente ainda ollham estranho....
São eles que tem a culpa
Ou a culpa seria sua
São apenas crianças simples
Sobreexistindo ao regime
Engenharia social não é crime
Quem irá pagar a idenização
Dos tempos impios da escravidão

Vencer ou perder

Todos querem vencer omisso
Vencer em cristo
Todos querem começar do inicio
Todos querem escapar do juizo

E se esquece
Que um sempre perde
Enquanto um outro vive a vencer
O que te entristece, te fortalece
E te força a expor o que não quer

Toda tristeza e toda dor
Ao descobrir o que restou
O que faltou do nosso amor...
E o que faltou do nosso amor
Foi destruido, jogado ao lixo

Não sabemos mais perder
Não sabemos mais vencer,
Pois para vencer
É preciso derrotar alguém
Não sabemos ser mais humano
E para ser humano
É preciso chorar também

As  lágrimas são simbolo do sofrimento
Um pedido de morte aos passos lentos
E nem a ciência explica
E nem Freud explica
Nem Jim Morrison explica
Essa falta de sorte.

Necrofilia

Para ver a luz, acordo cedo.
Mas não sabia que o buraco negro
Era tão escuro
Não sabia que o buraco negro
Era tão fundo.

Perigo, perigo, perigo!
Não mergulhe nas profundas águas
Lá do fundo do poço
Águas oriundas de lágrimas
Que alguém chorou
Ao afundar-se em desgraça

Qual a cura do desespero?
Como se alimentar de medo?
Arranca deste peito, deste coração,
Os poetas demônios
Que riem todo tempo
Demônios cômicos, sedentos!

Faz-me flutuar pelo universo
Queima-me nas chamas do vulcão
Já queimo há tempos em solidão
No fogo eterno, na escuridão

Deus ama as crianças,
E tão somente as crianças
Deus do ódio, Deus necrofilo
Come o meu corpo em carne viva
Fazei de mim um protótipo
Das sua sádica esquisofrênia
Não outra porta
Não há outra alternativa.

O mar é vermelho

A noite canta melodias
E clama pelo sol do dia,
Enquanto eu queimo em agonia
Em chamas, na cama, deitado
Esperando a morte chegar

Lembro-me dos momentos
Em que podia ver o mar
E ao mesmo tempo o invejar
Por ser imenso

Literal, de um modo literal
O mar é vermelho
E arde profundamente em meu peito
Em um pleito, sem segredos
Decidiram pela minha pena de morte

Boa sorte, vos dou boa sorte,
Está seria minha ultima aparição
Boa sorte, vos dou boa sorte
Estou no corredor
No infinito corredor
Onde quem não sobrevive morre.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Estou sóbrio? Milagre!

Estou sóbrio? milagre!
Estaria à beira de um ataque
Estou louco? Poderia estar saudavel,
Todos se curvam? Hora da saudação?
Magnifica majestade! Estendam os tapetes ao chão!
Rogue pelo imediato perdão a um simples mortal
AH! Como gozo de tanta revolta
Ao perceber tanta ignorância
Olhei-vos para si mesmo com repugnancia
Acreditas até na bondade de uma santa!
Estou sobrio? que nada!
Apenas estou adulto demais
Para acreditar em contos de fadas,
Caio no buraco negro da realidade
Jogado, desprezado na calçada
Alguém me oferece um abrigo
Hoje terei uma casa, hoje terei um amigo
Mal imaginas, mas vivo em desgraça
Na penúria ilusória de um bebado
Sem destino, sem história
Poderia escrever apenas versos
Quem sabe não acharia  idiota
Talvez não segui pelo caminho certo
Ou um certo alguém não me abriu as portas
Sou eu um ser insignificante
Seria eu um ser repugnante
Não sei o que há em mim,
Talvez um transbordo, uma overdose
Drogas e um pouco de rock
Drogas e dores de uma cirrose,
Que parece não ter fim!
E que tudo de ruim me preencha
Oh! Qual o sofrimento me alimenta?
Qual alimento me alimenta?
Pois não há retórica que não se compreenda
Pois não há sentimento sem concupiscência
Pois não há amor sem ardencia
Ou sofrimento sem o prazer da essencia
Não baixemos o nível da descencia
Oh! Santa inoscencia! Oh! santo sofrimento,
Estou sóbrio? Ou estou ébrio
Estou sério, ou estou mórbido
Onde está corpo que era nosso na ultima transa
Onde estão arquivados os momentos da nossa ultima dança,
O que restou do inferno de nossas lembranças
Então vamos, brinquemos de ser criança
Ou vamos ver até onde a tolerancia nos suporta!

Psicologia de um vencido (Augusto dos Anjos)

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme - este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e á vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

Amigo Teylor

Ei, cara! Por que essa tristeza?
No inferno as pessoas agonizam
Ei, cara! pra que manter essa frieza
No deserto as pessoas querem água

No cemitério as pessoas sentem falta
Na terra as pessoas sentem sede
Na vida corrida há um caminhão
Seguindo-te em um beco sem saída

No peito ainda bate um coração,
O seio em que mamas ainda não secou
... Há muita vida pra viver
Há muito alivio pra esta dor
Agora está a queimar em febre
Mas sua dor não é no corpo
Muito menos na pele
 
Eu descobri a verdade
O que te fere, alimenta
O que te alimenta trás a serenidade
O que ás vezes te entristece trás felicidade!

Reciclar

O passado esconde meu lado sombrio
No meu peito, algo gelado e vazio
Em seu seio, um fogo derrete,
Derrete, aquece e provoca arrepio

No seu sorriso, algo que nunca se viu
Em meu interior,
Reciclo tudo aquilo que não serviu
Reciclo os restos de amor,
Que se perdeu, quando fugiu

Algo me entristeceu quando você sumiu
Desapareceu do meu ponto de vista
Mesmo que atrasada, quase que tardiu,

Eu sinto amor, talvez sinta,
Se você permitir...
Deixa sentar-me ao seu lado na mesa
E ser feliz para a vida inteira

Oração ao Deus shamã

Senhor dos sóbrios e benditos
Senhor dos ricos e bem nascidos
Faz-me gozar aos risos
Faz-me ser o que há de mais bonito

E mesmo que seja ridiculo
faz-me ser o mais belo
Ser do meu unico abrigo
Faz-me ser meu amigo
Pelo menos esta noite
Na plenitude solidão
Um açoite nos castiga em vão

E quando não haver
Mais um gole do meu desespero
Serei sempre o primeiro a me consolar
E quando faltar o ar,
Quando parar de recitar
Encherei o meu pulmão

Senhor, ah! senhor!
Se diz ser dono do meu espirito
Por que ele arde em chamas
Por que dar-te-me-ia deste castigo

Oh senhor, dono da purificação
Por que não alvás meu coração
Preciso, necessito, quase careço
Pereço, choro e clamo por perdão

Oh! senhor, guerreiro shamã
Alegrái meu clã
E deixa minha mente sã
Pelo menos por esta noite

domingo, 15 de abril de 2012

Como um animal

Eu quero ser como os animais
E viver como tais,
Só assim deixaria de crê em Deus,
não tendo a consciência dos normais...

Eu quero ser um animal
Para desfrutar com dignidade dos teus restos
Para degustar da ceia de seus dejetos
Santo desejo ao cometer incesto,

Quero ir aonde quiseres
Com apenas um gesto
De um modo esdruxulo
Eu só queria ser um animal
E fazer sexo sujo
Toda a noite, a noite inteira

Eu queria ser um animal
Pra ter o minimo de valor
Queria ser animal pra não sentir dor
Dor, sentimento tão normal
E por ser tão normal,
Torna-se banal

Enquanto queres ser alguém
Enquanto queres ser feliz também
Eu quero apenas falar "au-au"
E latir, para fazer Deus ouvir no além
Se é que ele existe! E caso ele exista,
Comunique-o que:

Eu só quero ser um animal
Como um cachorro qualquer
Ao lado de uma cachorra qualquer
Transando no meio da rua

Cheio de pulgas, que fulguras a lua
nas calcadas imundas, planejando uma fuga
Sem saber o que é amor,
Sem saber o que é dor ou fé.
Eu só quero ser um animal.
Só quero ser um animal,
nascer, crescer e morrer animal!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Alcool

Jogue tudo pro ar
Não deixe o tempo fazer
O que só o álcool pode resolver
Não deixe ela saber
O que só tu podes fazer...

Abra sua gaiola
Liberte-se agora
Desbrava os caminhos do novo mundo
E não desanime se te chamarem, vagabundo!
Pois seu é o mundo,
Em todas as instancias

Então chora criança
E derrama lagrimas
Ela não expressa palavras
Mas fala com a face
E transmite a dor
Triste dor, ao dizer, acabou!

sábado, 7 de abril de 2012

Mentira

Lançado o olhar macabro sobre o palco
Estão todos estasiados
É o começo de um novo espetáculo
Não sei se realmente estou preparado

O que houve?
Vejo olhares dispersos na plateia?
Eles vieram fazer apologia!
Apologia ao intelectual,

Isto é mentira!
No minimo demagogia
Ninguém viria aqui ouvir poesia
Acabe com a farsa
Destrua sua mascara!

Então dispa-se!
E depois perceba,
Que tudo começa quando algo se acaba!

Caminhos

Qual o caminho que nos salva
Qual sereno nos acalma
Qual o veneno da sua alma
O que me traz até você

Qual o azar que me rege
Por onde será que me segue
Mostre-me o caminho
Não deixe-me seguir sozinho

Preciso de outra direção
Já que escolhemos caminhos diferentes
Com a mesma percepção

Preciso de uma mão
Para tocar a minha em momentos de solidão
E sentir que o breve pode ser pra sempre

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dois anos (31 de março)

Quem não sonha não merece viver
Quem não vive precisa morrer
Para aprender e somente aprender
Para aprender a ser...
E somente a ser...

O mundo deixou de ser meu.
Quando você partiu
Eu culpei a Deus
Por cada riso que me deu
No adeus, seu adeus
Nunca mais vou ser seu

Nunca vou esquecer
Das lágrimas que derramamos juntos
Pelo dia em que choramos muito
Vivo em penúria nestes dois anos
E nem os santos tem pena de mim
E nem os anjos tem piedade

Divindades não sentem saudade
Não sabem o que é maldade,
Mas mata-me lentamente
E causa minha tristeza
Mesmo sem saber de verdade
Que praticou de mesma maldade
No dia em que partiu!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Abismo infinito de mim mesmo

Estás sentado, por quê?
Vamos! Qualquer um se cansa!
Estufa seu peito, encha-o de esperança!
Deus ama as crianças?
Deus ama, mas quem te ama?

Sinto ânsia? Sinto ânsias de pânico!
Quero trancar-me no infinito
E arremessar-me ao abismo,
Negro abismo, belo e maldito
És o meu antro, és o meu pânico!

Do que tenho medo?
Qual o pecado que cometo?
Qual o recado? Onde fica o paraíso?
Por que faz isso comigo?

Também sou criança,
Deus, sou alguém que arde em chamas?
Sou eu quem te chama? Ás vezes esqueço!
Do que tenho medo ás vezes transpareço!
Mas o meu único erro
Foi arremessar-me no abismo,
Abismo infinito de mim mesmo!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Batalhas

Eu perdi,
Saí ensanguentado da batalha,
Meu corpo cheio de marcas
Traduz o que senti

Eu venci,
Até a ultima lagrima caí
Demonstrei frieza até o fim
E depois somente chorei

Eu me conformei
O tempo tinha que passar
Eu até pensei, poder voltar,
Mas declarar guerra ao tempo
É uma batalha que ninguém pode ganhar!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Mar de rosas?

Mergulho no mar de rosas
e me corto em espinhos
Preso em histórias
Que parecem não ter fim
No meu quarto, introspectivo e sozinho
Penso nas possibilidades,
Quem me mostram os caminhos

Uma luz se apaga,
O que te faz bem, te mata
Então tome uma decisão
Seja ela certa ou errada
Não importa quando não há mais nada
Ninguém repara no fim
Quando o poeta assim diz:
_ O tempo não para! Não para!

Mergulho no mar escuro
As lavas consomem todo o muro
Pinchado com frases de liberdade
E o que sentias, tornou-se ódio,
Ou quem sabe maldade!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Um zé no Rio Vermelho

Meu amor não se importou
Não ligou e não falou,
Meu amor, me abandonou,
Me deixou na sarjeta,

Agora olhe e veja e perceba
Que pior do que tristeza
É não ter certeza
Do que você sente.

Sou mais um zé
De pé, com o codinome André
Sou mais um zé,
Na noite, no rio vermelho
No espelho, no banheiro

Eu sou um zé ninguém
Eu sou um zé anormal
Eu sou apenas alguém
Eu sou um zé ninguém

quarta-feira, 21 de março de 2012

Maquiaveis e concubinas mirabolantes

Maquiaveis e concubinas mirabolantes
Choram, dançam e cantam
No dia da saudade
Hoje é carnaval
Alienação de uma verdade
Esquecemos da maldade
Dos nossos representantes

Maquiaveis e concubinas mirabolantes
Hoje é carnaval
Nostalgia e os "escambal"
Todos mobilizados em prol do bacanal
Enquanto eles cortam seu direitos
Você acha natural

Maquiaveis e concubinas mirabolantes
Choram, cantam e dançam no congresso
Com seus representantes
Que praticam o excesso
E você chora, chora
E chora com o regresso

Hino

Eu não ouvi um glória
Eu não ouvi um glória
Glória a Deus irmão
Não viva em vão
A Deus, entregue seu coração
Quem quer vitória?
Quem quer vitória nesta noite?

Igreja do santo corpo
Igreja do santo corpo glorioso
Aumenta o volume do seu copo
E beba até entrar em coma!

Parado, imune a qualquer embriaguez
Agora eu quero ouvir em coro
O canto de vocês

Quem tem 20 senta na frente
Quem tem 15 senta no meio
Quem tem 5 senta atrás
E quem não tem nada
Vá beber com o satanás!

Odeio fingir

Odeio fingir, mas as vezes é necessário...
As pessoas me fazem de otário
E eu tento fazer o mesmo.
So para rir e afagar essa tristeza
Que parece nao ter fim
Os risos são automaticos
Eu ajo tão emblematico
E apenas sorriu de forma irredutivel
Tento fazer o impossivel
Que é ser feliz
Por que ainda age assim
Se o que tem pra mim
É sempre o mesmo fim
Deus, se ainda existir
afaga essa tristeza
Deus, tudo um dia muda
Então tenha certeza
Eu sentirei uma raiva filha da puta

sábado, 17 de março de 2012

Pouco tempo

Todo tempo eu procurava respostas
Eu procurava saber do que você gosta
Todo tempo eu procurava um motivo,
Uma fuga, uma porta

A todo momento um silencia
Por que me achava melhor
E de fato era o melhor
A todo momento queria refletir
E apenas ficar só

Pouco tempo basta
Pra dizer o necessário
De repente o tempo passa
E já não há mais folhas em meu diário
Pouco tempo para procurar

Consulte o sumário
Lá tem as informações que precisa
Muito mais rápido e em tempo real
Pouco tempo pode ser letal

quinta-feira, 15 de março de 2012

Só uma chance

Eu não sei se existe
Eu não sei se sobrevive
O que ainda sinto
Eu não sei alimentar
Eu não sei cultivar
Ao menos sei quem sou
E o que há em mim

Eu não sei se importa
Se eu disser
Tudo que sinto agora,
Mas se for pra dizer...
Eu vou esmorecer
Por que eu já sei a resposta

Eu já sei a resposta
Você vai me dizer
Que não consegue esquecer
Mas que eu faco tudo errado sempre!

E se eu disser que estou apaixonado
E se eu realmente admitir
Que fiz tudo errado
E se eu querer consertar?
Me dá uma chance,
Só uma chance pra tentar mudar

terça-feira, 13 de março de 2012

Quando preciso

Eu já fiz muitas coisas
Por pessoas que não mereciam
Já menti quando foi preciso
Já corri riscos...

Já me arremessei em abismos
Pra tentar salvar o que era inútil
Mas quando realmente foi preciso
Eu não fiz nada

Apenas fiquei de mãos atadas
Só esperando
Achamos que o amor vem espontâneo
E que tudo é momentâneo,

Porém trancamos nossos corações
Com medo, talvez receio de querer amar
Se temos medo de sentir o que é belo
Se temos tanto medo do eterno
Por que queremos ir pro céu!

Faz tempo

A musica que ouço agora
É um martírio para meus ouvidos
Machuca desde o inicio
Me faz lembrar o que quero esquecer

Todos os momentos tristes
Ficam pra trás
Faz tempo, mas um dia eu pude sorrir
Agora eu já não sei mais
E o que resta quando não posso mais amar?
Chorar, apenas chorar

Tento entender o motivo de viver
Tento entender o motivo de sofrer,
E o que resta quando não posso mais amar?
Chorar, apenas chorar

segunda-feira, 12 de março de 2012

Eu vou pro céu

Todo mundo é uma estrela
Todo mundo vai pro céu...
Todos são protagonistas
nessa incessante tristeza

Todos são pessoas boas
Todos são legais
Todos vivem tão atoas
Achando que são normais

Mas eu sou normal,
Mas eu sou normal,
Mas eu sou, eu sou tão legal
A ponto de ir pro céu
Créu... Eu vou pro céu,
Eu vou pro céu,
Eu vou pro céu...

domingo, 11 de março de 2012

Deus

Se esse Deus tem um proposito pra mim
É melhor ele descer e dizer o que é...
Por que eu não sei o meu
Eu não sei por quê eu vivo assim

Se ele passasse um dia na terra
Iria enlouquecer, pedir pra morrer
E a pergunta que não cala:
Será que ele sofre todas as dores?
Por que sonhos me torturam todas as noites?

Será que ele sonha,
Se ao menos sentisse vergonha
De ter o poder de combater o mal
Já não pratico o mesmo ritual,

Rezar já não adianta mais
Deus, o que você faz?
Além de ficar sentado tentando entender
As razões que me fazem chorar!

Quem sou eu?

Temos que ouvir as vozes da razão
Ela soa baixinho não de compreende
Só queremos ouvir as coisas boas do coração
E as dores que ele sente?
E as dores que ele sente?

Olham de canto na esquina
Até cachorro tem vida...
Eles lambem os meus pés
E riem da minha forma indigna
Forma miserável de viver

Quem sou eu?
Quem sou, alguém imundo
Quem sou eu?
Alguém desprezado por Deus
Quem sou eu?
Apenas mais um esquecido pelo mundo

sábado, 10 de março de 2012

Penso

Homem só dá valor quando perde
E mulher quando não merece
Eu já sabia desde o inicio
As suas desculpas só me entristece
E eu odeio o fato de sermos somente amigos

Já sabia, mas não quis acreditar
Que amor de mentira não há
Quem mente no começo,
Mantém a mesma sina
Pois uma mentira gera outra por cima

E no fim, no ultimo gole
Não há mais nenhuma gota pra secar
O meu choro, a minha lagrima escorre
Por um único pecado 

E por não está mais aqui para passar o recado
Eu escrevi.
E por está sempre errado,
Eu menti, pra ti fazer feliz
Pra te fazer sorrir

E por te amar,
Eu vou te procurar
Só pra conversar sobre qualquer coisa
Que venha a te agradar

Já se passaram anos
E eu não paro de pensar
Caso raro, eu penso em você na hora de dormir,
Na hora de sonhar
E quando acordar
Eu pensando em você e no quanto menti...
E em dizer que ainda está aqui!




Os dados

Agora só sou eu, você e meu diário
Quem diria, estamos solitários
No rosto um semblante derrotado
Na língua um gosto amargo

A ansiedade explica teus dedos amarelados
E as unhas ruidas
Simplesmente explica
E só explica esse vazio
Que traz de outras vidas

Apenas um momento no jogo
Os dados foram lançados.
E essa lacuna em branco
Da mesma cor do liquido sagrado

E isso explica, e somente explica
Que a mentira é só um fato
E eu que odiava despedidas
Tive que me conformar
E me acostumar, somente acostumar

Sem ninguém

Solitários numa ilha povoada
Sem consolo, sem nada
Sem amigos e ninguém pra confiar
Sem ninguém pra conversar

Ou quem sabe apenas ouvir uma musica
Sem ninguém pra lamentar minhas angustias
Choro ansiosamente por não ter ninguém
Choro desesperadamente por não ter ninguém

Já não há mais nenhum sobrevivente
De volta a estaca zero
Sem ninguém  pra compartilhar os méritos
De volta e sem saída
Me apego as pessoas e temo as despedidas
E eu choro, vivo e choro sem vida.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Um deslizamento!

Um deslizamento!
Foi o ápice do desabamento
Meus olhos "chovia"
Só via nuvens

Aqui dentro um congestionamento
Um descontente descontentamento
Um amor jogado ao vento
Por um único deslize

Cai! cai montes sobre mim
E afaga essa tristeza
Que parece não ter fim
Toda via estou na beira de toda via
Peguei carona de qualquer carreta por ai,
E parti! Pois partiu meu coração
E se desculpa, dizendo não ter intenção

Foi embora, e roubou meu chão
Onde piso é só silêncio
E ninguém percebe minha comoção
Agora bebo do liquido mais forte
Não supero a depressão!
E preparo meu encontro com a morte

Bebo! Pra ter certeza
De que vou esquecer
Mesmo que por alguns instantes
Então! Brinco de importante
E sorri, com o mesmo semblante

Muito obrigado condutor
A carreta aqui parou, bruscamente
Ela capotou,
Onde não se brota mais nenhuma semente

Some, some sério,
Some no cemitério do esquecimento
Some sério no âmbito do esquecimento
Sem alento, sem exemplo,
Sou mais um sozinho
Sou mais um sozinho, sou mais um sozinho
Inconformado e sozinho.

Olhos fantasiados

Cachaças, bebidas e cigarros
São os vícios que te mata
A derrota, o único caminho que traça
Que cruzam os caminhos vagos

Sóbrio, perde todos os sentidos
Não dá valor ao que foi vivido
E se enterra em depressão
E o que não tem fim foi esquecido
E o que era inicio, meu amigo
Já foi encerrado

Seus olhos fantasiados de coragem
Estão amedrontados
Agora que está solitário, 
Preso e sem proteção
Tenta entender os motivos de viver em vão
  

Vírus

Na escuridão uma chama arde
Separados, se rompem as partes
E o que era em parte agora é dividido
E o que era promiscuo
Tornou-se libertinagem
E o sexo que era tão belo
Agora é selvagem
E o que era selva
Agora é cidade
Projeto de mausoléu para a alta sociedade
E o que era abundante tornou-se escasso
Onde está a a bio-diversidade?
Onde está a a bio-diversidade?
Aquele seu ex funcionário agora é ambulante
Por falta de oportunidades
As maquinas usurpam seus encargos
E a policia que protegia
Não passam de porcos fardados,
São vírus, só vírus, são vírus,
São vírus, só vírus, são vírus.




Alma embriagada

Não entendo seu ponto de vista
Também não entendo os meus
Todos seguem a risca
E não sabem qual o motivo da minha visita

Gostaria de vê-la ao menos uma vez na vida
E dizer que o que sinto é eterno
Você achou que era mentira
Mas estava enganada

Na memoria permanece sua face desconfiada
E a minha um pouco abalada
Pela surra de embriaguez
Pela ultima vez...

Minha alma embriagada esta anestesiada
E cheia de marcas das sujas noitadas,
Das putas ressacas,
Que nem a geleira do Alasca consegue curar...
Curar...

Quando chego em casa,
Olho no espelho minha cara
Sem motivos, por nada
Minha cara suja e minha alma embriagada
Sente sua falta.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Só queria

Eu sinto falta do que senti
Por isso, meu bem, eu regredi
Eu sinto falta do que já fui
Por isso que este rio não flui

Eu só queria ver seus olhos,
Mas, meu bem, nem tudo eu posso
Eu não sou Deus, eu não sei ser Deus
Eu não sou teu, eu não sei ser teu

Eu só queria tentar, ser feliz de verdade...
Porém, eu sei, tem outra realidade...
Eu só queria apagar o passado
E ser feliz e sorrir ao seu lado.

sábado, 3 de março de 2012

Encontros com a morte

Vamos encaminha-los para o setor de ativacão nuclear
Estamos preparando o espaco
Temporariamente indisponivel
Provisões de informacões...

Os nossos contemporâneos estão escassos!
Contudo a vida é cheia de surpresas,
O homem desafiou o diabo com sua destreza
E agora está caminhando para o sucesso

E ai! Qual será o proximo passo?
As grades da prisão nos cercam de todos os lados
Caímos na armadilha! Estamos sem saída...

A morte está a nos acompanhar
Procurando somente um objetivo
Vive somente por um motivo
Te levar, te levar pra outro lugar.

Mas quem vai perder, quem vai ganhar?
Os questionamentos nos faltam
Quando começamos a pensar

O que está no ápice de sua natureza?
Qual o rio nos guiam
Para o caminho das ilusões e incertezas
Um dia saberás!

Porém antes que isto aconteca
Terás de provar da ceia, santa ceia
Terás de provar do seu proprio desespero
E beber, se embriagar sem ter medo.
Olhemos dentro de nós mesmos

Quem nos investiga?
O que será que nos castiga?
Vamos! Nos apresenta uma saída!
Por que temos que derramar nosso próprio sangue?
Pra que retroceder como antes?

Vamos! Você é o carrasco!
Prepara a forca!
Ameniza a dor deste desgraçado!
Vivi a vida inteira sem a tal sorte,
Então vamos, carrasco!
E prepara meu encontro com a morte!

(Teylor Andrade e Dedeco Lima)

Cantos de lamentação

Uma facada no peito
Um aperto, um anseio
Querer te ver
E não ter o que fazer

Um disparo, um estouro
Uma lagrima escorrida, um choro
na sentinela um coro,
Cantos de lamentação

Quem sabe partindo para outro plano
não encontro o que tanto procuro
Melhor tomar decisões drásticas
Do que ficar em pranto
Sem saber o que fazer

Hoje eu sinto a sua falta
E nenhum remédio me acalma
A minha loucura
Invadiu a superfície da alma

quinta-feira, 1 de março de 2012

Choro em alegria

Eu posso não lembrar seu nome
Esqueço também o mal que me fez
Só sinto os efeitos da embriaguez,
Um pouco de fome
E algo que revela outro lado da minha timidez

Posso não lembrar da dor que me consome
Apesar de ter algo que me console
Não consigo te esquecer
Não consigo amanhecer sem lembrar você
Não consigo caminhar ser ter você
Não conseguia imaginar a dor de te perder

E a partir deste momento
Eu choro em alegria na mesa do bar
E falo coisas inúteis pra não tentar lembrar,
Pois a cada entoar da melodia
E cada cantar da canção
Me faz lembrar
Me faz odiar e me faz negar você.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O sonho acabou assim

O sonho acabou assim, esmoreceu
Um momento, a pagina virada
E o que era vivo faleceu
Na vida, sempre a mesma trilha
Uma roubada...
Tentar guiar os caminhos
Seguindo a mesma faixa

O sonho acabou assim,
Não custa nada tentarEntão vamos ver no que é que dá
Que o que há de ser será
Mas olha para mim
Não deixa o amor cessar

Então dai-me a mão e vamos conversar
Há muita coisa que precisa se explicar
Mas se não for você
Outro alguém pode ocupar esse lugar

Então deixa o amor invadir o peito
Se houver sentimento que seja mútuo
E se for agir, aja por impulso....

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Salva minha vida

Talvez, eu tenho certeza.
Eu sinto uma paz, que não é minha
Talvez por quê eu não mereça
A companhia dos nobres

Algo me socorre,
Tenta me tirar desse caminho
Caminho sem volta
Talvez por que não olhe para os lados
Talvez por que não abro as portas

Talvez por que eu não perceba meu estado
Minha fisionomia, meu rosto derrotado
Talvez por que não me olhe no espelho
Eu tenho muito medo!

Talvez por que tenha me sentido feio
Talvez por que odeie meu lado interior
Salva minha vida, amiga.
Salva minha vida...


Vida

Vida, veja a minha desgraça
Vida, como é amarga
Vida, não consigo tirar este gosto ruim
Vida, por quê comigo é assim.

Vida, veja o meu fim
Vida, por quê sito por tudo que senti
Eu sinto por não sentir
Eu não sei o que há em mim

Vida, eu te amo?
Qual seria o seu manto?
Qual o manto que me cobre?
O que me protege do frio?
O que preenche meu vazio?
Qual o questionamento que nunca existiu?

Vida, veja minha sina
Veja como tudo se complica ...
Talvez um dia, você cesse
Talvez um dia alguém finaliza
Determina, seu ponto de partida!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Na verdade, a realidade!

Não consigo conter as lagrimas
Elas caem e eu não posso impedir
Não sei mais como agir
Não tem como esconder o que se passa

Não tenho como conter
O que eu sinto não posso esconder
E se eu choro é pra não sofrer,
Mas você não quer nem saber...
Você não quer nem saber

Na verdade, a realidade eu amo você
Na verdade, a realidade eu amo você
Na verdade, a realidade eu ão consigo viver
Na verdade, a realidade eu não consigo sorrir
Na verdade, a realidade eu vou morrer Infeliz ...

Saudade

Queria ter coragem para dar tchau
Ou quem sabe se eu acreditasse em até breve
Por mais que seja negativa a minha tese,
De ter-me comparado a um animal

A vida toda a gente nunca percebe,
Porém a gente cresce
E nunca se esquece do adeus
Enquanto eu esbravejava
Querendo o que era meu

Eu sinto uma culpa que não é minha
Te vejo em todas as fantasias,
Espero que volte,
Por que sinto saudades
E que meu coração transborde de felicidade

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Você não quis

O que não tem fim
Termina sem despedidas
Então escreva seu destino, tua sina.
E vá ser feliz minha querida

Eu não tenho a competência que ele tem
Espero poder ser feliz,
Talvez com outro alguém...
Eu nem sei tão bem
Se posso ser feliz também

O que não tem fim
Só pode acabar assim
Ir embora sem dizer adeus
E nem pra onde ir
Queria ser somente seu
Você não quis, você não quis...

Tudo me comove

Penso em desistir de viver,
Mas uma forca me move
Penso em morrer,
Mas nada me dá coragem

Tudo me comove
E eu começo a chorar
Toda vez que tento lembrar
O que poderia ser depois
Mas agora chove...
E até a chuva
Me faz lembrar nós dois

Tudo me comove
Tudo me move
E essa forca me deixa viver
E a unica coisa que você tem a dizer
É.. Eu sinto, eu sinto, eu sinto muito
O que eu sinto eu assumo
E eu não sinto nada por você

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Primeiro soneto

Eu não sei falar de flores
Só dos espinhos,
E eles me machucam
Pois só sei caminhar sozinho...

Não sei falar de alegria
A felicidade me trás alergia
Só sei falar de dor,
De sofrimento e agonia...

Eu perdi todos os méritos
Memória fraca, me esqueci do resto
Só quis recordar momentos tristes

Amor! Será que ele existe?
Ou o almejo na minha imaginação
Onde estar o órgão chamado coração?

Meu estado

Nada do que eu venha a dizer
Irá te ofender
Você está protegida
De qualquer tipo de impropérios
E só há uma saída...

Enquanto eu achava tudo sério
Você ria e sorria e me desmontava
Eu vivia em agonia
Nem sabia onde estava...

A minha alegria,
Tento compartilhar com os cães na rua,
O vento frio, me trás arrepio
Nas noites imundas
Te quero comigo,
Mas desejo que você suma.
Não quero que veja meu estado
Completamente embriagado...

Você não sabe

Vamos! Me diz o que te assusta
Profere um milhão de palavras injustas
Vamos! Limpe essa boca suja
Antes de falar suas coisas imundas

Antes só pensava em ficar muda
E assim mesmo se acusa
De crimes banais, e segredos ilegais
Mas me diz algo a mais.

Me diz quem é você
Que se droga com coisas ilícitas
Eu preciso saber de sua vida
Doce menina, doce menina
Aonde está aquela estrela
Que brilha, que brilha pra mim!

Você não sabe o que é depressão
Você não tem coração...
Você não sabe o que é dificuldade
Você não sabe o que é tristeza
Você não sabe o que é saudade
Você não sabe o que é...
Querer ter e não ser...
Você não sabe, você não sabe...

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Como eu queria...

Como eu queria dizer que te amo
Como eu queria romper o silêncio
Como eu queria só mais um momento
Como eu queria saber,
Não lembrar daquele ano
Como eu queria saber ter você
Como eu queria saber dizer
Mas a dificuldade não me deixa ter coragem
Como eu queria não estar a margem
Como eu a amo, eu "amo ela"
Eu te amo, e você sem querer me despreza!

Meu silêncio

Caminhando a passos lentos
Meu coração já não aguenta tanto sofrimento
E eu conto as horas em cada momento
Tentando relembrar o que foi esquecido no tempo

Na vida, só uma coisa me motiva
A capacidade de sonhar
E de saber que ainda tenho uma vida
Sem você, estou perdido

Já estou de sobreaviso
Posso partir a qualquer momento
E a unica coisa que vai se ouvir
É o meu silêncio ...

Promessas

Mais um dia, mais um tédio
Não acontece nada,
Mais um dia e tudo passa,
Apenas sinto as dores da ressaca
E vejo imagens embaçadas
Como se fosse um filme, como se fosse ontem

Mais uma noite e os pensamentos somem,
Mas reaparecem me trazendo sofrimento
O que era pra ser belo,
As juras de amor eterno
Não passaram de alguns momentos
Incertos, incertos, incertos!

E as promessas, ficaram pela metade
Assim como seu amor foi pela metade
Assim como eu fui teu pela metade
Assim como meu amor foi de verdade
Assim como você foi minha de verdade
E as promessas... pensem que fossem verdade
E o amor que duraria a eternidade
Não durou três dias ...

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sem sentido

As pessoas se matam
Sem saber por quê
Elas se acabam
No submundo sem saber por quê
Sem motivos pra sobreviver

Prefiro morrer
Fazendo o que gosto
Prefiro viver,
Compartilhando sozinho
O que era nosso

Prefiro viver
Sem saber o motivo
Só sei que vou morrer
E isso não faz sentido...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Relatos pós-morte

Alguma coisa me deixou mais calmo
Minha voz sussurra baixo...
Não se ouve mais as batidas
Não se movem mais minhas partículas

Meu cérebro há muito tempo
Parou de pensar
Só vê o silêncio
E ele baila, dança no ar

E minha voz que o vizinho odiava
Parou de cantar...
E hoje ele sente falta
Todos sentem minha falta

A morte é um novo caminho
Onde percorro sozinho
E o que ecoa é grito morno
Um grito de socorro!
Ninguém ouve, estou morto!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Qual a sua dignidade?

Ódio, aflição, sentimentos em vão
Perco os sentidos,
Me condeno a solidão
Me contento em deitar no chão
Imundo feito um cão
Na rabugem, na sarjeta vivo sem noção

Não. Eu tenho um coração
Mais ninguém enxerga não,
Ninguém percebe não...

Qual a sua dignidade?
Qual o próximo assunto?
Por que sou só números?
Por que eu sou apenas estatísticas?
Por que não faço parte da sua vida?

Pra que ser sensacionalista?
O que é que te motiva?
Por que a violência faz parte da noticia?
Então me diz, qual a saída?
Qual o motivo da sua conquista?

Mil desculpas

Não dê valor a quem já morreu
Essa pessoa já não existe mais
Enquanto estive em vida
Você sempre perguntou quem era eu?
E o que eu fazia

Você descobriu meus segredos
E tentou achar uma saída,
Mas já não estou mais por aqui
Já não sei existir

Mil desculpas, amor
Eu não consegui resistir
O mundo me ofereceu mil tentações
Como eu pude cair ...
Como eu pude desistir
Eu morri sem dizer, eu venci...

Mil desculpas amor,
Se não te amei como merecia
Se preferi um milhão de mentiras
Eu sei, isso não bastaria,
Quem diria, quem diria
Que um dia eu te perdia

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Diferente?

Cansei de ser diferente
Vou viver a vida como qualquer um
Cansei de ser consciente
Agora só vou ser mais um

Bati com a cabeça no chão
E a acordei diferente
Coloquei a mão no coração
Que já deixou de ser puro e inocente

Pensei em algo sórdido
E tudo fugiu de minha mente
E o que era heroico
Ninguém mais entende

Eu não quero ser diferente,
Eu não quero escrever
Eu não quero ser...
Deixe-me viver ...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Amar é tão perigoso

As vezes fico parado e não penso nada
As vezes penso o que se passa
Em minha mente drogada
Usurpada e iludida
Por mais uma noitada

As vezes penso no que é que há com minha vida
As vezes imagino alguma saída
Eu sei que só você pode me tirar dessa trilha
Mas, eu já sabia, que amar é tão perigoso
E agora eu sofro, sofro, somente sofro

Sofro o dia todo
Penso em como poderia ser diferente
Amar é tão perigoso,
Porém as vezes tem coisas
Que pensamos que não ocorre com a gente

Mas, porém, entretanto, todavia
Eu desejo que você sofra
Sofra, padeça e chore
Para o resto da sua vida ...

REVOLTA

Ei, eu te abandonei nas escadas imundas
Já desisti de alimentar esperanças injustas
Eu sinto muito sua vagabunda
Mas o que temos termina assim

Porém, não se esqueça...
Seu inferno começa aqui
Você não tem pra onde ir
E não sou eu quem vai ajudar

Você me abandonou primeiro
Me fez sentir as dores do mundo inteiro
Mudou a minha vida, me deixou no desespero
E eu que sempre fui forte
Tive muito medo ...

Revoltas, revolta, revolta
A vida tem suas reviravoltas ...
Revoltas, revoltas, revoltas
Vou te repudiar, do jeito que você gosta.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Só os anjos

Minha cara embriagada no espelho
Reflete a dor do mundo inteiro
Fadado em um único ser humano,
A capacidade de carregar todas as dores
São só dos anjos...

Mas eu não sou santo.
Esqueci de chorar,
Não sei derramar lágrimas
E isto é uma lastima
Me lamentar o tempo inteiro por nada..

Não me deixa derramar...
Essa aguá... que não sei explicar...
Não me deixa derramar...
O que não sei...
Não me deixa amar mais uma vez
Me transforma de novo em ser humano,
Eu não quero ser santo...
Eu não quero ser...

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Te amar, ou te odiar

Te amar, ou te odiar
Qual será a próxima dica
Ser crucificado por mentiras
Já faz parte da rotina

Então me diz, menina...
Se é tudo culpa minha
Revela também a tuasina
De viver sozinha

Mas não! Não me deixe pra trás
Não me deixe jamais
Deixa eu desviar o destino
Eu posso fazer mais...

Então me diz, menina
Qual a próxima dica
Por que viver de mentiras
Já faz parte da rotina

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Amigo

Amigo, não só por risos
Não só por isso...
Amigo, seja o que for
Pra falar de amor
E comentar do que já foi...

Amigo, para expor a frustração
Pra falar do coração
Pra expressar sua razão,
Pra trazer motivação ...

Amigo, pra sair por ai...
Amigo, pra dizer o que sinto aqui...
Amigo, pra fazer coisa errada
Pra curtir uma farra...
Uma amizade sempre deixa marca
E seria mentira dizer que não sinto sua falta

Bem, amigos vão e vem...
Alguns até morrem também
Outros ficam vivos na eternidade
Alguns até somem
Mas tu ficarás pra sempre
E deixará saudade ...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Espere

Ei, estão todos me olhando...
Até parece que estou bad. E estou?
É que as vezes a gente se esquece
E perde da memória o que lembrou,
Então chame alguém e faça sua prece!

Pare, deixe seu destino na mão do invisível
Pare, olhe, espere...
Faça o que for possível...
Ela não me ama mais
Esse filme já foi visto
Já foi esquecido ...
Pela platéia...

Então já era
Já erra, e o que se erra não acerta
Qual a meta, qual a proporção?
Prestem atenção, prestem atenção
O maior erro é pedir e receber um não...

Ódio

Sigo o caminho escuro,
O caminho mais curto,
E ninguém mais vê
Onde fui parar...
E o que sinto por você?

Ódio, mesmo que sóbrio
Mais agora... bem agora eu não posso
Estou desequilibrado, tanto nos meus passos
Quanto nos meus pensamentos sórdidos
E esse amor mórbido...
Não quer sair do meu peito...

Estão todos sentados
Assistindo ao meu espetáculo
Mais um bêbado, mais um drogado
Rodeado, marcado, desgraçado

E esse gelo não quebra
E minha vida é essa
Mas ela não se importa
Que eu viva sem glória

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um sol, um sorriso e só

Um sol de coloração distinta,
Moldou uma pedra.
Algo que tinha em meu peito,
Me levou a outra atmosfera.

Um sol de coloração distinta
Me trouxe um dia melhor
Um sol, um sorriso e só
Não há sentimento melhor

Um sol, um sorriso e nada mais
Eu que jurei não me apaixonar jamais
Pago pelos meus pecados

Eu que pensei decidir sozinho
Percebi que estive sempre errado
Todos precisam de carinho
E eu, de você ao meu lado...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Eu peco ...

Sou meio sem sentido,
sem nexo, mas quem não é...
Peco por ser completo
Por ser honesto,

Sou apenas um pouco do resto,
Do que sobrou,
Sou um pouco de mérito,
De sofrimento, sou cego
Eu peco, por sentir dor

Eu demonstro, eu escondo
O que não pode ser aberto
Eu sou assim, tão incompleto
E me pergunto, quem sou?
E no fim, o que eu espero?

O mesmo conto

Dá importância pra quem?
Eles não ligam
Nem sabe se você é alguém
Não se importam, não!

Eles não falam
Eles não dão atenção...
Escolha a solidão
O que você diz
Passa despercebido,

Discurso para mil
O meu discurso no vácuo vazio
Discurso para mil
O mesmo conto sombrio

Mas ninguém quer saber da minha vida
Ninguém liga, ninguém se lembra
Ninguém se importa,
Nem ela se importa com meus problemas ...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Quando era mudo

Quando era puro
Me sentia leve
Qualquer coisa sem motivo
Me deixava alegre
Isso tudo por não conhecer...

Quando era mudo
Não podia expressar,
Minhas razões e emoções
Mas não era surdo
Criava minhas opiniões,
Foi quando comecei a falar
E entreguei seu jogo sujo

Quando deixei de ser mudo
Passei a conhecer o mundo
Descobri segredos do oculto
E por saber de quase tudo
Sofri tanto repúdio...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Poucas palavras

Eu sou o que dizem
Afinal não defino quem sou
Um pouco de ódio,
De talvez e de amor

Por favor, transborde em meu copo
Tudo que me faça negar o que foi nosso
Tudo que me faça mal,
Tudo que seja ilegal...

Poucas Palavras
Tudo ou nada,
É como tento me definir
É com tantas falhas
Que ainda tento existir

Pensamentos Loucos

Eu sou, as vezes sim
As vezes não, as vezes...
Tenho um coração
Rimando em vão
Sempre as mesmas rimas
Amor ou dor
Dor e solidão
Solidão é morte
Morte é sorte
Sorte tem dia
Dia, talvez alegria
Alegria, uma noite
Noite é torpe
Torpe é inconsciência
Inconsciência, pode ser existência?
Contradição, concupiscência ...
Caso sinta, tenha inteligencia,
Mas se for rimar
Use emoção... 

Sempre temendo

Vejam só! Eles voltaram!
Eu sei quem são?
As vezes acho que sim,
As vezes acho que não

Ora! Nem conheço a mim mesmo
Muito menos sei se penso direito
As vezes nego minha própria existência
Sempre com medo, 
sempre temendo com inteligencia...

Sempre temendo os avanços da ciência
Sempre temendo o jamais
Sempre com medo de todo mundo
Sempre temendo o oculto
Sozinhos somos nada
Mas juntos somos tudo...

O fascínio

Quem se fascina  pela riqueza alheia
É como quem estar sentado na areia
Só admirando o mar!
Admirando o que não pode ser
Admirando onde quer estar

O fascínio pelo que não pode ter
É um contentamento inexistente
Pois quem tem, pode ter muito,
Mas não está contente

E eu que pensei ser um "Zé Ninguém"
Acordei sorridente em um instante
Eu sei, que não posso ser o mar
Mas também posso ser gigante...

domingo, 22 de janeiro de 2012

A cura

Tanto faz morrer ou estar vivo
Quem se importa com isso?
O que eu sinto...
As vezes omito,

Mas como é horrivel lembrar o seu nome
É como querer comer e não sentir fome
É como ter amor e não querer amar
É como te olhar e só observar
Sem poder tocar
É como querer ser e não estar
É como superar todo sentimento de culpa
É como encontrar a falsa cura

E essa cura que sana meus problemas
Faz mal pra minha saúde
E não há remédio na ciência
Não há nada que cure

Então, por favor! Pare...
Me escute, não me esquece
Não me ilude

É que a cura que sana meus problemas
Faz mal pra minha saúde
E não há remédio na ciência
Não há nada que cure...

sábado, 21 de janeiro de 2012

Como pude aceitar

edeco Lima disse
Eu não vou aceitar
Se um dia eu te perder
Eu vou te procurar
Sem cansar, sem sessar...
Até um dia te achar

O que te trouxe pra mim
Te levou embora
O acasso, o destino
E a vontade de viver o agora

Como eu fui menino...
Como pude acreditar
No sentimento que chamam de amor...
Como eu pude aceitar

O tempo passa, e eu?

O tempo passa e eu, o mesmo
Sempre cedendo as suas vontades
Caminho, sedento de vantagens
Procurando algo que sempre perco

As vezes esqueço que não tenho nexo
As vezes esqueço que já não tenho seu sexo
As vezes eu me lembro,
Infelizmente eu me lembro
Que nada, nada é eterno

O tempo passa? Incrível!
Eu não consigo mudar
Será mesmo impossível
Que nem você pôde notar?



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Eu ando sem vida...

Coisas que o tempo consegue esquecer
Ficam pra trás, ninguém pode ver
A vida corre sempre em sentido contrario
E eu sempre estive errado

Escolher o caminho torto
Na duvida entre um e outro
É mais um motivo tolo...
E Quando penso estar perto
Eu percebo, eu vejo
Que não é o caminho certo

Nem mais um copo d´agua me faz sentir bem
E nada pode me fazer feliz também
Sinto meu corpo fragilizado
Destruido, derrotado
Está tudo acabado...

As vezes me sinto fracassado
Por não resistir a tentação
As vezes se esquecem que tenho coração
E as chantagens e as ameaças,
sempre são em vão...

Na vida, mil noticias
E minha trilha, sempre perseguida
Eu ando sem destino, sem rotina...
Eu ando sem vida...
Eu ando sem vida...

Como é, depender?

Como é depender,
Como é ser assim, estranho.
Onde estamos, como estamos?
Como é ser rejeitado,
Como é ser passado pra trás...

Como é depender de passado?
Rever os atos, na televisão.
Como é machucar um coração?
Perecer na tentação...

Então me diz por que?
Por que não sou como você
Como é depender, como é depender?
De coisas pra sobreviver...

Minha fragilidade arrepia
Os que conseguem ver,
Meu destino escrevia
Linhas de final feliz!
Então me diz, então me diz

Então me diz por que?
Por que não sou como você
Como é depender, como é depender?
De coisas pra sobreviver...

Minha vida é uma droga,
Minha vida é torta,
Assim como você,
Minha vida é uma porta,
Minha vida é uma porta...
Aberta pra quem quiser ver...

Eu preciso dela

Eu preciso dela para sobreviver...
Eu preciso dela, eu preciso dela,
Eu preciso dela pra sobreviver
Injeta doses de amor em minhas veias
Eu preciso dela pra sobreviver
Por favor me trás uma vela
Que eu preciso dela, eu preciso dela
EU preciso dela, eu preciso dela
Isto é um apelo, eu tenho medo
Eu tenho medo de viver sozinho...
Eu tenho medo de não ter carinho...
Eu preciso de você, e preciso dela
Eu preciso dela pra sobreviver
Quanta falta me faz suas duvidas
Quanta falta faz o seu por quê...
Questionamentos que não levam a nada
Eu preciso dela, e de suas pragas
EU preciso dela e de sua malevolência
Eu preciso de violência
Eu quero ação,toma meu coração
E faz dele o que quiser,
Por que eu preciso dela,
Eu preciso dela, eu preciso dela pra sobreviver
Injeta doses de pavor no meu peito...
Não derrame uma lagrima sob meu leito
Todos presentes sabem que eu te odeio
Eu preciso dela, trás uma vela
No meu enterro...
Eu preciso dela, só dela
E do resto do mundo eu esqueço...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Segunda chance

Talvez se me dessem uma chance,
Eu faria tudo diferente...
Por que não posso ser feliz também
Por que não posso ter alguém

Se eu pudesse ter uma segunda chance
Provaria que eu não sou aquilo que vocês vêem...
Talvez eu pense muito pra frente .

O que era tão evidente
Tornou-se duvida
Eu emagreci, fiquei doente
Martirizado pelo amor e pela musica

domingo, 15 de janeiro de 2012

Se eu morrer de amor

Se eu morrer de amor
Todas as pessoas chorarão
As lagrimas que um dia derramei em vão
E todos entenderão a minha dor

Se eu morrer de amor
A culpa não será do doutor
Que me diagnosticou
Doença sem cura...

Tentei tomar uma postura
E me escondi
Quantas vezes eu tentei te procurar
E você não estava aqui...

Se eu morrer de amor
Eu vou morrer por ai
Se um dia eu morrer
Acreditem, eu não desisti...

sábado, 14 de janeiro de 2012

A chuva passa

Lá fora cai a chuva
Tão límpida, tão escura
E aqui, dentro de mim,
Saudades sua...

No meu peito, um coração
Ainda meio ferido da ultima batalha
Machucado, perdido na estrada
Precisando de um socorro
Precisando de uma mão

Há tanto tempo...
Penso em morrer em vão
Em me ferir, em me destruir
Mas você não deixa não
Eu sei que você não deixa não

A chuva passa, como tudo passa
Passa até aquela falta,
Passa até aquele vazio de ti
E se ontem senti frio
Hoje sinto euforia
Por ter outra pra te substituir.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Todo esse sentimento

Nada fácil revelar a verdade
e isso você sabe
Só que eu preciso esconder
todo esse sentimento de você

Como pude um dia te perder
Sem saber que não posso te ter mais
Pra que eu fui vacilar...
Pude aprender a ouvir um jamais

Não posso esconder
Todo esse sentimento de você
Se ao menos pudesse mencionar o seu nome
Se ao menos eu pudesse mencionar
O seu nome... o seu nome

Há quem diga

Eu sou como todo mundo
Todo mundo é uma ilha
E há quem diga... Há quem diga
Que não vivemos solitários

Há quem diga que temos uma vida
Há quem diga que existe uma saída
Hão os que vão, há quem fica
As vezes somos tão deterministas
E eu sou puro ego, sou egoísta

As vezes tudo, as vezes nada
Talvez as coisas pela metade se equivalha
As vezes viver só
Seria uma opção muito melhor
Quando sofrer seria pior

Há quem diga que eu sou egoísta
Há quem diga que eu sou mal
Por não saber amar, há quem diga
Que eu não sou normal
Por não acreditar, que o amor talvez exista
Há quem diga... Há quem diga

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Nada sei dessa tarde

Nada sei sobre amor verdadeiro
Depois das seis,
O que era primeiro
Nos completa por inteiro

Do nada, nada tão insignificante
Onde fica o nada, eu o perdi num instante
Olha só o meu semblante
A tristeza é tão dominante

Nada sei dessa tarde
Se você não vem
Apago a luz da cidade
E vivo a te procurar...

Reflexões

E dói ter longe aqueles que você queria ter por perto.
É uma das piores dores que pode existir
Nada pode ser eterno
O pior é viver sentindo saudade
verdade!

Dói demais
Dói, dói muito,como dói
mas que é a pior dor que existe, é!
"Hô"! se doí, como dói,
Se apaixonar por uma mulher
Quem se apaixona perde liberdade
Isso é pura verdade

Como dói não lhe dizer
Tudo o que sinto por você
Como dói saber
Dessa pura verdade!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Amor eterno

Meu amor, eu tenho tanto pra te contar
Que não há palavras pra expressar...
Amor, não sei onde está
Eu só queria um motivo pra sonhar...

E mesmo tentando te falar
Me faltavam as palavras
E eu apenas sonhava, sonhava,
Me contentava em sonhar

Amor, nem o que há de mais belo
Serviria pra expressar
Nem o mar, nem o céu no infinito azul
Decifraria esse amor que não acaba nunca
Amor eterno...

Vida vazia

Vida vazia, sentimentos zero
É assim que eu quero
Viver sob nenhum aspecto
E a paixão é só mais um sentimento
Que um dia foi sincero

Vida vazia, sofrimento zero
Agora faço o que eu quero
E assim espero...
Continuar a viver sem me apaixonar
Por você...  

Talvez ainda possa amar outra garota
Mais ainda te amo
Não posso ter outra
E o amor, sentimento tão humano
É tão estupido, que não me liberta
Não me liberta não...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ser humano (dualidade)

Farrapo, um "zé ninguém" se lamentando
Um lixo de ser humano
O que será daqui pra frente?
No que estarei pensando?

Não ter compaixão de si mesmo
Pode até ser arriscado
Mas nada é tarde quando é cedo
Eu que nunca senti, tive medo
Ao perceber que já não estava ao meu lado

Não ter piedade,
Não querer a dó de ninguém
Se eu soubesse o que é amar de verdade
Estaria mentido,
Por que é dificil explicar tudo que eu sinto

Dualidade, me vejo em dois
Eu penso em tudo que perdi
Em tudo que se foi.
Agora eu sou resto
Sou lixo, choro e rezo
Pra encontrar alguém
Que me faça alguém também...

Sem saber o que fazer

Desculpas, mas ultimamente ando assim
Sem saber o que fazer
Sem saber o que há em mim
Sem saber o que há aqui

Mil desculpas, ando muito estressado
São amostras do meu cansaço
cansaço de viver
sem saber, sem saber o que fazer

Meu coração não aceita sua partida
Mesmo assim insisto que a vida,
Que a vida vai me fazer sorrir

Desculpas, mas ultimamente ando assim
Sem saber o que fazer
Sem saber o que há em mim
Sem saber o que há aqui

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sob o tapete (Engenheiros do Hawaii)

Quando menos se espera
O que seria já era
O que seria de nós
Se não fosse a ilusão
Que nos trouxe até aqui?
Quanto mais se foge
Tanto mais se quer fugir
O que seria de nós
Se não fosse a ilusão
A doce ilusão de conseguir?

Há mais de uma semana
Eu não sei que horas são
Havia um romance
Ao alcance da mão
Mas o cigarro apagou
Enquanto eu decidia
Se o vício valia
Se eu seria capaz
Ou seria difícil demais

Quando menos se espera
O que seria já era
O que seria de nós
Se não fosse a mão
Que nos trouxe até aqui?

Quanto mais se foge
Tanto mais se quer fugir
E só se pensa em fugir
Da mão que nos trouxe
A doce ilusão de conseguir

Há mais de um motivo
Há mais de uma razão
Havia um romance
Ao alcance da mão
Mas o cigarro apagou
E me ensinou o macete
De esconder as cinzas
Sob o tapete

Um certo romance (A Certain Romance - Arctic Monkeys)

Então, oh, eles devem usar seus Reeboks clássicos
Ou seus converse acabados, ou seus bottons enfiados nas meias
Mas essa não é a questão
A questão é que não existe mais romance por ali

E essa tá ali a verdade que eles não conseguem ver
Eles provavelmente gostariam de me dar um soco
E se você pudesse só vê-los, você concordaria
Concordaria que não existe mais romance por ali

Você sabe, oh é uma coisa engraçada que você sabe
Conte para eles se você quiser
Conte tudo pra eles essa noite
Eles nunca vão ouvir
Por que as mentes deles já tão feitas
E claro que está bem levar pra esse caminho

E por ali têm ossos quebrados
Só existe música, então têm novos ringtones
E não é preciso ser nenhum Sherlock Holmes
Pra ver que está um pouco diferente por ali

Não me entenda mal, oh existem garotos em bandas
E crianças que gostam de brigar com tacos de sinuca nas mãos
E só por que ele entrou em cana uma ou duas vezes
Ele acha que tá tudo bem agir como um idiota

Você sabe, oh é uma coisa engraçada, você sabe
Conte para eles se você quiser
Conte tudo para eles essa noite
Mas eles nunca vão ouvir
Por que as mentes deles já tão feitas
E claro que está tudo bem levar por esse caminho

Eu disse não
Oh não!
Oh você não vai conseguir que eu vá!
Pra lugar nenhum, lugar nenhum
Eu não vou
Oh não não!

Bom por ali têm amigos meus
O que eu posso dizer, eu conheço eles há muito, muito tempo
É, eles podem passar dos limites
Mas eu, simplesmente, não posso ficar bravo do mesmo jeito
Não do mesmo jeito
Não do mesmo jeito
Oh não, oh não não

Sob efeitos

Estou sob efeitos, defeitos
De que realmente eu sou feito?
Se soubesse que eu não era feito de aço
Iria me machucar!
Se soubesse o quanto sou fraco!

Estou sob efeitos, defeitos
Eu tenho tantos defeitos
E ainda sim, se não fosse eu mesmo?
Como seria, se eu fosse inteiro?
Não sou feito de aço
Também posso enferrujar.

Estou sob efeitos, defeitos
Todos só reparam defeitos
E se esquecem
Do que eu trago dentro do peito,
Um coração!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Eu vou sem medo

Eu vou, sem medo de ser ridiculo
Sem medo de ser omisso
Sem medo de ser diferente do outro
Sem medo de ser louco

Sem medo de me jogar no abismo
Me arremessar no infinito
De me arriscar pra ver o que há de bonito
Eu vou, vagabundar por ai
Sem medo de ser feliz
Sem medo de ser feliz

Como eu quis
Me deitar na calada da noite
Pra refletir, o quão lisérgico é meu amor,
Como é eterno esse sofrimento...
É dor... é dor... é dor...

Todos os cantos

Melodias e entonações, ela canta
Baila, dança, me chama
Venha até a mim, criança
Chora, pois ainda tem chances
E lembre-se, aprenda agora.
Nada mais será como antes

Sofra o que tem de sofrer
Chore o que tiver de chorar
Sem nunca se arrepender.
Lembre-se, um dia chega a hora
E ela vai te chamar

Por cantos entoados em todos os cantos
Você clamará, pedirá a ajuda de todos os santos
Chorará todos os prantos
Planejará todos os planos
E ninguém irá te ajudar...

Ninguém vai te buscar
E tu seguirás seu caminho
Quem nunca aprende a amar
Tem a sina de morrer sozinho

Preciso sobreviver

Não tenho tempo para sentir amor
Preciso sobreviver
Não tenho tempo para saber quem sou
Nunca saberei se será você

Há vejo passar todos os dias
E tenho medo de não vê-la mais
Te vejo, e logo transparece meu semblante de alegria
E com ele, aquele lindo sol do dia

Lindo sol do dia
Lembraçãs só diria
Que Lá sobraria ... dias e dias
Pra sobreviver, pra encontrar você

Vencer ou vencer

Sem surpresas, estamos todos aqui,
O exercito arma seu batalhão
Vamos, só há uma opção
Vencer ou vencer,

Haveria uma outra, morrer em vão
Mas esta eles não comentam não...
Seria pessímismo? Ou ilusão?
Enganar pessoas de bom coração...

Agora estão todos ali...
Sem poder de decisão
São marionetes a serviço da lei
Estão todos a serviço da nação...

Nada mais me serve

Flagelado, castigado pelas mãos do destino
Triste, chora como menino
Preso, clama por liberdade
Iludido, acredita no surreal
Pobre individuo

Se lamenta por não ser normal
Feito de lagrima
Chora ao descobrir que não é nada
Que é um ninguém
Que não pode ser feliz
E jamais será alguém

Infeliz por saber que não será como os amigos
E sente inveja disso
Ambisioso, almeja o que não pode ter
Rancoroso, chora todo preconceito sofrido
Mesmo sem ter culpa de nascer
No local onde foi nascido

Eu choro, eu me lamento
Eu não sirvo de exemplo,
Fracassado, orgulhoso e conformado...
Nada mais me serve como consolo
Nem seu abraço apertado

Eu quis

Eu quis tua vida
Eu quis tua alma
E quis teu corpo em seguida
Eu quis encontrar uma saída

Eu quis tuas facilidades
E as tuas dificuldades
Rejeito tudo que vem de mim
E meu orgulho é por nada

Eu quis tuas noitadas
Eu quis tuas feridas
Eu quis teus estudos
Eu quis teus luxos
Eu quis tua vida

Boatos

Boatos correm, o fim está proximo
Não há mais nenhum caleidoscopio
Não há mais nada para identificar
Idiotas capazes de amar

Vivemos alheios,
Jogados, esquecidos no meio
Vivemos em vão, a mercer dos bonitos
E dos mais favorecidos

Somos anormais por não seguirmos padrões
Somos iguais, por não termos corações
Somos reais por sermos meros idiotas
Boatos correm na cidade
Somos todos hipocritas..

Sempre assim

Sempre assim, sempre assim
Esquecido, jogado no escanteio
Sempre saco de pacadas, de saco cheio
Sempre o chacoteado no meio

Sempre aquele desgraçado
O mesmo de sempre, um otário
Sempre o mesmo humilhado
Que vive trancado
Preso nos seus propríos pensamentos
É o peso de quem estipula o preço
Pelos sentimentos que são sempre os mesmos

O amor, o ódio, não quero nada disso
Só queria um pouco compreensão
E deixar de ser omisso
Por favor, não façam isso comigo
Não me excluam, preciso de um amigo
É o ultimo suspiro,
Pra entender que ainda existo

Surtos

Que bom que ainda sente minha falta
Apesar de caminharmos em faixas contrarias
Nossa história foi escrita de forma errada
Como é triste saber, depois de tantas tentativas
Que você não significa nada

Me arrependo por ser estúpido
A ponto de querer arrancar um ultimo suspiro
Nossos rios já não tem o mesmo fluido
E os momentos não passaram de um breve surto

Surtos cometidos por um maluco
Comedido com medo de arriscar
Perdido com medo de amar
A ultima lagrima que cai
É a de arrependimento
Ao saber que depois de tantos impedimentos
Nossa história não terminou com o passar do tempo

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sem ela

Raiva, ódio, aflição
Sentimentos que me fizerá amar em vão
Triste e são, eu tinha um coração
Sem medo, sem selos, sem atenção

Sem ela, vejam! Eu estou sem ela
Eu consegui encontra a palavra certa
Numa frase certa para rimar com seu nome,
Mas que eu preciso ocultar
Pra ninguem perceber
O que eu sinto por você

Ninguém não pode saber
Como eu queria gritar...
Ninguém acreditaria
Estou enlouqucendo
E ele ouviria
Eu gritando, chamando seu nome.

Solitários no paraíso

Solitário no paraíso
Solitário no paraíso
Solitário no paraíso
Solitários no paraíso

Veja! Só somos nós dois no paraíso
Olha! Que esquesito! eu tenho um amigo!
Imaginário amigo
Muito amigo! Bastante solicito

Solitários no paraíso
Deixemos todos no inferno
Fogo eterno... Vamos viver a nossa paz
Vamos ser egoístas, pois é assim que ele faz

Solitários, amargos, vazios
Sombrios, aqui está frio!
Quer se esquentar?
Vem comigo, solitário no paraíso
Somente eu e o meu imaginario amigo.
Solitários no paraíso

Recados de beijos e abraços
Na pele a marca do pecado
Estão todos flagelados
Estão todos castigados

E enquanto a nós...
Continuamos estagnados
Continuamos solitários
Solitarios no paraíso

Doces sonhos

Doces sonhos, doces sonhos
Não seria aquele que serve de alimento ao corpo
Doces sonhos, breves sonhos
Alimentam a alma, mas não tenho mais sono
Perdi a vontade de dormir e o direito de sonhar
Perdi tudo que tinha, até o direito de amar

Sonhos amargos, breves afagos
Gestos de carinho rejeitados
Amores desperdiçados...
Um tiro, um estardalhaço
"Pá!" Onde está o héroi...
Quem é aquele estirado no chão
Como dói, viver sob repressão
Nascer, crescer e morrer em vão
Como dói viver rodeado de pessoas sem coração

Oh! patria amada dos injustos
Nossos sonhos deixam de ser sonhos
Oh! Patria amada, perdi a esperança
Convivo com os imundos...

Olha!

Olha! Adimire a sua obra
Olha! Não desfarse seu sorriso agora
Guarde sua piedade para quem mereça
Mas observe. Veja sua proesa

Veja a beleza do caos estabelecido por ti
Olha! Estou aqui!
Pelo menos uma vez! Repara em mim
Sou feito de lagrima
Que derrama, que escoa, tão ávida

Olha a minha face!Está pálida
Não me alimento há meses
Só olho a janela sob a sacada
E não vejo nada
A minha porta está trancada
Ninguém pode entrar e me oferecer uma água

Escolhi falecer aos poucos
E não ter ajuda dos tolos
Quem ama não pode sofrer
Portanto assino aqui a minha setença
Morrer condenado a morte plena
Em Silêncio...

Mais um dia

Mais um dia, só um dia
Quem diria, quem diria
Sem você, sem alegria
Sem amor, sem harmonia

Algum dia, algum dia
Eu te encontrarei de novo
E te mostrarei e demostrarei ao povo
Que meu amor não morre
Como todos os outros

Somente hoje, como todos os dias
Eu sinto a sua falta
Somente hoje, como todos os dias
Meu amor acaba, e renasce das cinzas
Somente hoje como todos os dias
serás para sempre minha menina

15 Minutos

Não acredito, buracos!
Seriam só obstaculos
No caminho... Na vida um preço amargo
Um preço a ser pago
Diante dos olhos, humanos demasiados

Eles não entendem,
Mas o sucesso é a causa do fracasso
E o amor seria um estardalhaço
Na esquina sirvo de exemplo para palhaço
E até eles riem...

Bebam o último gole
Pagem o preço da morte
Bem, bem, bem, bebam
Vamos brindar as tranzas e a sorte
Hoje ou amanhã as dores da cirrose
Nos deixarão saudades

Tomai todos e bebei
Esse é o liquido sagrado
Um gole desgraçado
Para amenizar a dor de mais um desafortunado

Tomai todos e comei
Desfrutai da cana santa
Que lhe mostrará a noite insana
Como um debutante que nunca viu
A beleza no semblante
De um bebado preenchendo seu vazio
Isto acontece a todo instante

Vamos, tomem o ultimo gole da ipioca
Ela está acabando, chegou a hora
É O FIM DE UMA JORNADA
Que começa e termina agora...


Faltam 15 mminutos e seria tudo que estaria pedindo
Perdido! A dor continua me consumindo
14 minutos, e é tudo
Vejo a paisagem embassada, fico mudo...
Em instantes perco a audição, fico surdo
Cego, vejo imagens de maneira estonteada
13 minutos, começo a falar besteira
Sinto os efeitos da bebedeira
Que me dão uma certa tonteira
12 minutos fico sincero
Tudo torna-se relevante, fico serio!
11 minutos, vejo sua imagem no copo
E imagino tudo que poderia ser nosso
10 minutos eu penso na decepção
No meu amor e nos planos que foram em vão
09 minutos, penso no meu coração
E no risco que ele tem ao parar de bater
08 minutos, minha cabeça gira na decima dose
Penso em parar de beber e nas dores da cirrose,
Mas está não é pior...
Do que a dor que sinto agora
07 minutos, a ansiendade aumenta
E com ela a dor da sua ausência
Faltam pouco, 06 minutos
Vejo tudo turvo
Já não tenho mais a compreenção das coisas
As flores murcham...
05 minutos, parecem ser poucos
Mas pra quem esperou muito... são eternos
São séculos... esperando pelo momento certo
04 minutos e já estou embreagado, bebo sem parar
Estou desnorteado, não tenho mais a noção do ser nem do estar
03 minutos, só penso em você e no meu estado
A minha saude já não importa
Só penso em estar ao seu lado
02 minutos, pego o telefone e te insulto
Te chingo de todos os nomes e você rir por 01 minuto
E eu só ouço... Em segundos... Penso em tudo que vivemos
E me martirizo a cada momento
Sua imagem vem em meus pensamentos...
Antes de partir deste para outro qualquer mundo.
Cego, surdo e mudo, já não tenho mais nenhum SEGUNDO...