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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Todos olham estranho

Os morotós roem meu epitélio
Os homens se fingem cegos
As crianças sentem repugnância
As mulheres sentem ância
E todos olham estranho
O que não é bonito é esquisito
Um louco não é tolo
Um bêbado também é ser humano
Mesmo que despezado
Ou jogado ao lixo
E todos olham estranho
Um "serhumanopedra" vive sem vida,
Mas que loucura é essa?
Ser humanos, ou ser comida
Ser regugitada ou cuspida
E todos olham estranho
Uma menina implora na esquina
Por alguns centavos
Todos observam sentados
Ao luxo de um banco de praça
E todos olham estranho
Uma nordestina heroina
Sobrevive da quase pouca safra
Em um sertão de riquesas quase escassas
Até onde vai a cegueira do homem
Quantos meninos e meninas
Perambulam sem nome
E todos olham estranho
Quantos monstros ainda iremos fabricar
Quantos absurdos irão noticiar
Quantos com a vida terão que pagar
E todos olham estranho
Disfarçam e batem retirada
Se trancam em seus "mausoléus"
Como se não estivesse acontecido nada
E todos incrivelmente ainda ollham estranho....
São eles que tem a culpa
Ou a culpa seria sua
São apenas crianças simples
Sobreexistindo ao regime
Engenharia social não é crime
Quem irá pagar a idenização
Dos tempos impios da escravidão

Um comentário:

  1. pode crer!..concordo!..chega de fazermos acepção de uns para com os outros,fazer acepção é crime,ainda há tempo de darmos a volta por cima e praticar o que é justo,porque infelizmente não tem mais como chorar pelo leite derramado desde a época da escravidão!,mas sim trazer uma esperança de um relacionamento humano melhor...

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