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domingo, 28 de dezembro de 2014

Epitélio ou metal?

Aprendi demais com a decepção.
Agora ta na hora
De aprender com a vitória
Sei, não dependo só de mim
Quem me dera fosse assim

Pode ser até bom sonhar
Mas na hora de acordar
A realidade bate a porta
Só pra te dizer
É hora de trabalhar pra sobreviver

O sofrimento pede passagem
E o dia continua
Caminhando pela rua
Em uma linha reta sem fim

Como se em um único instante
Sobrasse só o inesquecível
O coração para de bater
E as veias são alimentadas de óleo diesel

Eu tenho mesmo que despertar?
Deste sonho tranquilo?
Eu tenho mesmo que acordar
E viver mais um dia infinito

O curto sonho teve fim
Agora é só realidade
Acordar e sentir o martírio
De quem sente e não esquece
Das marcas das feridas
Que ficam gravadas na pele
E não há como retirar

Epitélio, pele, carapaça ou metal
Não sei se sou feito de aço
Se sou homem, inseto ou animal
Só sei que ainda estou vivo
Como um objeto mecânico
Que é inventado e produz

E quando perde a vida útil
É jogado no lixo
Como um objeto obsoleto
Ultrapassado e julgado
Pelos seus próprios erros!

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