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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Ampola do tempo

O tempo passa na velocidade do vento
O velocímetro que era lento
Agora estoura,
Pois já não há números para medi-lo
Mais um dia, menos um de vida
E na minha ampola,
Menos um grão de areia
Mais uma ferida
E mais uma doença incurável
Doença das lembranças
Que em minha mente dança
Como se fosse presa.
E o tormento grita,
Clama por liberdade
Como se já não existisse liberdade
E então eu amo mais meus vícios
Do que as pessoas
Mas não é o fim da linha
O alarme soa
Entre gritos e gemidos
Meu corpo soa
Como se fosse sua
Cada gota de suor
Cada gota da lagrima do meu sofrimento
E eu sigo caminhando
E ao mesmo tempo chorando
Pois já não há o que fazer
Além de chorar
E as palavras de sofrimento já não te sensibiliza.
Eu sigo perdendo a vida
A cada dia que passa
Eu sigo perdendo a vida
E você acompanha de perto
Meu suicídio lento.
E vão se abrindo as portas do inferno!
De um mundo tão vazio e pequeno.
Mas saiba!
Não é o tempo que tá passando.
Sou eu quem estou o encurtando!
Sou eu que estou morrendo aos poucos.
Sou eu que estou ficando louco!

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