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domingo, 29 de novembro de 2015

Marcha Fúnebre

O amor é um filme
De duração curta
Onde tudo é sem limite
O amor é uma rosa surda
Uma flor murcha
Uma dialética muda
O amor não fala
Não sente e não cala
O amor é complexo
Sem nexo e sem movimento
O amor não tem explicação
Ele pode surgir a qualquer momento
Como tudo que é especial
Não tem hora certa para acontecer
O amor pode sobreviver 10 ou 30 anos
Ou pode não durar o suficiente
Meu bem!
Como te amei Como eu chorei...
Quantas lágrimas derramei
Quando você me deixou
Hoje eu sei quem eu sou
Sigo tentando trilhar meu destino Sozinho!
Até encontrar alguém que seja capaz de me dar
O que você não pode oferecer
 Até encontrar alguém que possa me amar
Muito mais do que você me amou...
Sinto dizer...
É com triste pesar!
Mas você morreu
Faleceu dentro do meu eu
Agora eu choro o luto
De quem perdeu o tudo
E tenta começar de novo
Talvez eu não sofra tanto
Quanto aquela senhora viúva
Que vive no banco da praça
Com o seu cachorro!
Sua única companhia
Pois não tem ninguém
E se põe sozinha
A se lamentar...
Ah! Eu não quero que tenha pena de mim
Por que eu estou jovem e vivo
E mesmo que tivesse vivo,
Ainda respiro...
Meu amor...
O mundo não é vazio sem você
Como imaginei que fosse ser...
E a marcha fúnebre Segue...
Célebre...
Como um ritual satânico
Sem ânimo...
Todos os corpos dançam em volta da fogueira
E eu sigo sem eira e nem beira
Procurando um caminho
Os diabos atormentam minha mente
Tentando me levar para o fogo ardente
Convite irrecusável...
Preciso estar presente
Neste enigmático momento
Meu amor...
Antes era você no pensamento...
Hoje é perdição!
Pulsa meu coração...
Pulsa!
Batidas intensas...
Pulsa sem parar
Até que tenha uma morte amena
Pulsa coração...
Batidas intensas
Tira de mim esta amargura
Leva-me para um lugar melhor
Coração! Sei que dói,
Mas eu não posso recuperar o nós
Já não resta nada das sobras
E das coisas que eram nossas
São só lembranças
E eu sigo nessa marcha fúnebre
Em um ritual de danças
Macabras como as visões
Dolorosas como as cisões
Que a vida nos outorga
E o que resta das sobras?
Ah! Maldito coração
Por que teme em continuar batendo
Tão firme e latente!
Por que não para de bater
Com tanta dor que sente
Teimoso coração
Esperançoso coração
Ela me deixou e deixou um vão
Por que me deixastes?
Poderíamos ter mais alguns dias
Poderíamos recuperar as dores
De todas as agonias
Nosso amor poderia vencer...
Disso eu sabia!
Mas você resolveu desistir
Você resolveu findar
E eu continuo aqui
Nesta marcha fúnebre
Mais um vinho...
Para este ser sozinho
Mais um cigarro um gosto amargo
Eu me sinto desprezível
Todo dia acordo embriagado
E percebo que você não voltará
Eu queria matar minhas esperanças
Mas ela é mais forte que minha própria vida...
Querida!
Talvez aceite o convite do diabo
Venda minha alma!
Talvez esteja de partida
E NÃO ME PEÇA PRA TER CALMA
Minha boca se cala
Mais minha poesia viverá
Será a herança de um amor
Que não pude alcançar
E agora?
Agora sigo contando as horas
Desta marcha fúnebre Célebre...
Celebre e descerebre
Desacelera!
Coração maldito
E me deixe partir...
É chegada a hora da minha morte
Já prepararam meu Funeral
Compraram as rosas
Desejem-me sorte
A Rosa chora...
E com ela todas as outras rosas
Eu sou um simples escravo
Um mero fracassado

Que não mereceu viver Adeus!

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