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domingo, 29 de novembro de 2015

Tapa na cara

Não sou eu quem está girando
É o mundo que tá pirando
É as coisas que estão rodando
É o mundo que está girando
Meus olhos lubridiados
Meu rosto embriagado
Meu fígado danificado
Pego um cigarro
Dou mais um trago 
E não sei onde vou chegar
Sigo andando as três da matina
Procurando aquela menina
A luz do poste cega a minha retina
Caminhando a passos lentos
Eu não sei onde vou parar
Caminhando a todo momento
Sem saber onde vai terminar
Mundo lento, suculento
De mulheres e seres humanos
Prostituí até seus pensamentos
E o segue vendendo
Por um preço barato
Homens rabugentos
Fedidos, maltrapilhos mendigos 
Maltratados pela imunda sociedade
Trancados eu seus condomínios
Acham que são cidadãos de verdade
Mas eles não são nada
Eles não são nada
Como aqueles meninos sem alma
Que pedem esmolas as três da manhã 
Que vivem sem pai e sem mãe 
E que não suporta se você pensar
Que poderia ser seu irmão ou irmã 
Com a vida desgraçada 
Dormindo na calçada 
Em plena três da manhã 
Sem ter o que comer
Sem ter onde dormir
Sem ter o que vestir
Pense e se fosse você? 
Como poderia existir?
Mundo social,
Mundo canibal crucificado pelo sistema
Somos obrigados a ter paz
A seguir padrões sociais
Não, eles não são Jesus
Eles não são a luz
Eles são apenas mendigos
Jogados e maltrapilhos
Esquecidos pelos políticos
Excluídos pelo poder publico
Esquecidos por todos e por tudo
Ah! Mundo cruel 
Quem sou eu? Quem é Deus?
Onde está o céu?
Onde posso reivindicar
Por todas as mazelas
E problemas sociais
Afinal quem é mais?
Eu, você e todos eles?
Será que somos todos iguais?

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